CONTEMPLATIVE PERFORMANCE ART

“BANQUET” |”BANQUETE”

Silent manifesto|Manifesto silencioso

São Bento Station, Porto (2023).

We are presence, consciousness, body. We occupy a space and we have the ability to discern and decide how we want to participate and occupy each place we inhabit. We can feel that we belong, we can integrate while respecting everything that surrounds us, we can share resources, or simply satisfy our wants and needs, creating physical and mental barriers that separate us from the environment.

We are an open and conscious presence, living each moment in body, feeling our own life, that of others and that of everything that exists.

With this performance, we want to reflect on the resources given to us, contemplate and value them. All resources should be sacred, treated with great respect and sharing, so that everyone has the same access and rights to them. Abundance breeds abundance. Scarcity breeds scarcity.

«Banquet”, is a performance art created by Tânia OP, which the author herself calls Contemplative Performance. It consists of time and space for contemplation and sharing of the essentials: Water and bread, remembering the resources necessary for survival and sharing them. It’s about observing simplicity and integrating it internally.

It is a silent manifesto calling for silence and the purification of all excesses, as well as a deep communion with everything that is fundamental, experienced in relationship with others. Water is the prominent element, appealing to its purity and importance, an essential asset that maintains life.

During the performance, we contemplated the bread and water and later we had our “Banquet”, in which we ate the “Contemplated Bread” and drank the “Contemplated Water”, which we also shared with the public. It was very beautiful to see, at a certain point, that people throughout the station were drinking “Contemplated Water” and eating “Contemplated Bread”. The bread is made with Barbelo Wheat by the hands of the artisanal bakery Masseira (Porto).

PERFORMANCE ART CONTEMPLATIVA

“BANQUETE”

Somos presença, consciência, corpo. Ocupamos um espaço e temos a capacidade de discernir e decidir como queremos participar e ocupar cada lugar que habitamos. Podemos sentir que fazemos parte, podemos integrar-nos respeitando tudo o que nos rodeia, podemos partilhar recursos, ou simplesmente satisfazer as nossas vontades e necessidades, criando barreiras físicas e mentais que nos separam do meio.

Somos presença aberta e consciente, vivendo cada momento em corpo, sentindo a própria vida, a do outro e a de tudo o que existe.

Com esta performance, queremos refletir sobre os recursos que nos são dados, contemplá-los e valorizá-los. Todos os recursos deveriam ser sagrados, tratados com muito respeito e partilha, de forma a que todos tivessem o mesmo acesso a eles e direitos. A abundância gera abundância. A escassez gera escassez.

“Banquete”, é uma performance art criada por Tânia OP, à qual a própria autora chama de Performance Contemplativa. Consiste em tempo e espaço de contemplação e partilha do essencial: Água e pão, recordando os recursos necessários para a sobrevivência e a partilha dos mesmos. Trata-se de observar a simplicidade e integrá-la interiormente.

É um manifesto silencioso de apelo ao silêncio e à purificação de todos os excessos, bem como a uma comunhão profunda com tudo aquilo que é fundamental, vivido em relação com o outro. A água é o elemento de destaque, apelando à sua pureza e importância, bem essencial que mantém a vida.

Durante a perfromance, contemplamos o pão e a água e posteriormente tivemos o nosso “Banquete”, no qual comemos o “Pão Contemplado” e bebemos a “Água Contemplada”, que partilhamos também com o público. Foi muito bonito ver, a certa altura, que em toda a estação pessoas bebiam “Água Contemplada” e comiam “Pão Contemplado”.
O pão é feito com Trigo Barbelo pelas mãos da padaria artesanal Masseira (Porto).

Bread and water, symbols of basic and essential resources for human survival. Contemplating bread and water is contemplating human nature and the way we use the basic resources offered to us by nature.

O pão e a água, símbolos dos recursos básicos e essenciais à sobrevivência humana. Contemplar o pão e a água, é contemplar a natureza humana e a forma como utilizamos os recursos básicos que nos são oferecidos pela natureza.

The chair is the symbol of our presence, the material space we occupy in the world and our ecological footprint. Contemplating the way we behave within the world we live in and the place/space we occupy. Observing our relationship with the object “chair”, we contemplate what is essential, what is fundamental and what is superfluous, as well as what we need to reduce on a material level in order to connect more to the essential. The chair also represents all the false security that we cling to and the comfort zone that settles us and makes us procrastinate. Carrying the chair and moving it means leaving that comfort zone and letting go, trying to follow our truth and our path, with awareness, freedom and detachment.

A cadeira é o símbolo da nossa presença, espaço material que ocupamos no mundo e a nossa pegada ecológica. Contemplando a forma como nos comportamos dentro do mundo em que vivemos e o lugar/espaço que ocupamos. Observando a nossa relação com o objeto “cadeira”, contemplamos o que é essencial, o que é fundamental e o que é supérfluo, bem como sobre o que necessitamos de reduzir a nível material para nos ligarmos mais ao essencial.
A cadeira representa também todas as falsas seguranças às quais nos apegamos e a zona de conforto que nos instala e nos faz procrastinar. Carregar a cadeira e movê-la, é sair dessa zona de conforto e desinstalarmo-nos, procurando seguir a nossa verdade e o nosso caminho, com consciência, liberdade e desapego.

@ Fotos de Lúcia Lopes e José Guerra.

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